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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2023

DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA - 5 de Maio

   A FALA 'Sou de uma Europa de periferia na minha língua há o estilo manuelino cada verso é uma outra geografia aqui vai-se a Camões e é um destino. Velas veleiro vento. E o que se ouvia era sempre na fala o mar e o signo. Gramática de sal e maresia na minha língua há um marulhar contínuo. Há nela o som do sul o tom da viagem. O azul. O fogo de Santelmo e a tromba de água. E também sol. E também sombra. Verás na minha língua a outra margem. Os símbolos os ritmos os sinais. E Europa que não mais Mestre não mais.'                                              Manuel Alegre

10 Minutos a Ler Poetas da Lusofonia

  Amanhã, dia 5 de maio, comemora-se o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Para celebrar esta data, a biblioteca sugere a atividade 10 Minutos a Ler Poetas da Lusofonia. Ler hoje, ler amanhã, ler sempre. Ler o mundo em Português. DEIXO-TE UMA PÁTRIA LIVRE DO COLONIALISMO Escuta o grito de todos os seus ancestrais: Amamos-te muito antes de nasceres, ó África de hoje Por ti renovamos a esperança mesmo depois de mortos Envolvemo-nos em batalhas, quebramos correntes Para te deixarmos uma pátria livre como herança Ao sol os novos invasores vestirão a mais fina pele de cordeiro Lobos que são, uivarão nas alcateias em todas as noites de lua Piratas destemidos, tentarão derrubar até o marulhar das ondas E quererão substituir Deus na criação de África Os invasores em fuga deixam línguas, armas e saberes Usa-os na construção da união e fortaleza, ó nova África Devolve ao teu povo a história e a dignidade usurpadas Porque o futuro, esse espaço intangível, ideal, perfeito Espera por ti esse gesto de

Autora do Mês - Luiza Neto Jorge

  O POEMA ENSINA A CAIR O poema ensina a cair sobre os vários solos desde perder o chão repentino sob os pés como se perde os sentidos numa queda de amor, ao encontro do cabo onde a terra abate e a fecunda ausência excede até à queda vinda da lenta volúpia de cair, quando a face atinge o solo numa curva delgada e subtil uma vénia a ninguém de especial ou especialmente a nós numa homenagem póstuma.                                             Luiza Neto Jorge